segunda-feira, 14 de maio de 2012


Porto Alegre é a terceira capital com maior índice de diabetes no país


Um quinto da população brasileira adulta acima dos 50 anos afirmou ter recebido diagnóstico de diabetes na pesquisa Vigitel — Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, que coletou informações nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. A pesquisa revelou ainda que o percentual da doença subiu principalmente entre os homens, passando de 4,4% em 2006 para 5,2% no ano passado.
Em Porto Alegre, o percentual da população com a doença é de 6,3%, atrás apenas de Fortaleza (7,3%) e de Vitória (7,1%). Florianópolis, por sua vez, esta empatado com São Paulo na quinta posição com um índice de 5,9% de diabéticos.
Os dados mostram também que o diabetes é mais comum em pessoas que estudam menos — 7,5% dos brasileiro que têm até oito anos de escolaridade dizem ter a doença, enquanto apenas 3,7% dos que têm mais de 12 anos de estudo declaram ser diabéticos.
No entanto, as estatísticas divulgados pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pela coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, Deborah Malta, em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, revelam que o número de internações por diabetes caiu de 148 mil para 145 mil, comparando 2010 com 2011.
Para o ministro, o acesso a medicamentos gratuitos em farmácias populares foi fundamental para a queda no número de internações. A ampliação do acesso ao tratamento gratuito foi um dos três pontos destacados pelo ministro sobre o levantamento.
— Reforçar ações de prevenção, facilitar o diagnóstico e aumentar o acesso a remédios para o tratamento são fatores decisivos para a redução de casos de diabetes — disse o ministro.
Padilha ressaltou também a qualificação da educação no país, uma vez que a pesquisa mostra que é menor o número de diabéticos entre os que têm maior escolaridade. Outro ponto frisado pelo ministro foi o combate à obesidade, pois o diabetes está fortemente associado ao excesso de peso.
A coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis destacou medidas como o programa Saúde na Escola, que tem como foco a prevenção da obesidade infantil, para estimular bons hábitos alimentares desde cedo, e o programa Academia da Saúde, que busca garantir acesso à atividade física a toda a população, uma vez que o sedentarismo também é fator de risco para doenças crônicas. O Ministério da Saúde anunciou a implantação de 4 mil unidades nos próximos quatro anos.
A pesquisa serve para o Ministério da Saúde como referência na identificação de fatores de risco e promoção de políticas públicas contra doenças crônicas. Em abril, o Ministério da Saúde já havia divulgado uma parte dos dados da pesquisa Vigitel, referente aos hábitos da população.

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