terça-feira, 22 de maio de 2012

"A escola não é só um espaço para aprender matemática, química, física, mas espaço para desenvolver hábitos saudáveis"


Há algum tempo atrás, uma nutricionista do interior do estado, na cidade de Rosário do Sul teve a brilhante ideia de começar a desenvolver um Projeto de educação nutricional em uma escola na mesma cidade. 
Com a ótima aceitação da escola, a nutricionista começou a pensar mais longe, reuniu um grupo de profissionais da área, ou seja, nutricionistas para que pudéssemos expandir esse projeto.
Como diz o velho ditado: " Duas cabeças pensam mais que uma" ou " A união faz a força" ... mais ou menos nesse sentido, aqui estamos!


Estamos hoje na primeira etapa do projeto, mas já na 3º escola. Felizes com cada cada encontro. Ali podemos ver sempre a necessidade que a nutrição tem na escola.


Estamos como diz a colega pioneira do projeto (Nut. Katiuscia Antunes Franco) com "passos de formiguinha" mas com certeza, iremos alcançar nossos objetivos!


Agradecemos desde já o apoio de cada escola, com essa parceria iremos para o caminho certo!


Confira algumas fotos de alguns encontros.


Escola Nossa Senhora do Rosário


Escola Nossa Senhora do Rosário

Escola Padre Ângelo Bartelle


Aguardem, mais novidades!

Nut. Andressa da Rosa Rodrigues






segunda-feira, 14 de maio de 2012


Porto Alegre é a terceira capital com maior índice de diabetes no país


Um quinto da população brasileira adulta acima dos 50 anos afirmou ter recebido diagnóstico de diabetes na pesquisa Vigitel — Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, que coletou informações nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. A pesquisa revelou ainda que o percentual da doença subiu principalmente entre os homens, passando de 4,4% em 2006 para 5,2% no ano passado.
Em Porto Alegre, o percentual da população com a doença é de 6,3%, atrás apenas de Fortaleza (7,3%) e de Vitória (7,1%). Florianópolis, por sua vez, esta empatado com São Paulo na quinta posição com um índice de 5,9% de diabéticos.
Os dados mostram também que o diabetes é mais comum em pessoas que estudam menos — 7,5% dos brasileiro que têm até oito anos de escolaridade dizem ter a doença, enquanto apenas 3,7% dos que têm mais de 12 anos de estudo declaram ser diabéticos.
No entanto, as estatísticas divulgados pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e pela coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, Deborah Malta, em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, revelam que o número de internações por diabetes caiu de 148 mil para 145 mil, comparando 2010 com 2011.
Para o ministro, o acesso a medicamentos gratuitos em farmácias populares foi fundamental para a queda no número de internações. A ampliação do acesso ao tratamento gratuito foi um dos três pontos destacados pelo ministro sobre o levantamento.
— Reforçar ações de prevenção, facilitar o diagnóstico e aumentar o acesso a remédios para o tratamento são fatores decisivos para a redução de casos de diabetes — disse o ministro.
Padilha ressaltou também a qualificação da educação no país, uma vez que a pesquisa mostra que é menor o número de diabéticos entre os que têm maior escolaridade. Outro ponto frisado pelo ministro foi o combate à obesidade, pois o diabetes está fortemente associado ao excesso de peso.
A coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis destacou medidas como o programa Saúde na Escola, que tem como foco a prevenção da obesidade infantil, para estimular bons hábitos alimentares desde cedo, e o programa Academia da Saúde, que busca garantir acesso à atividade física a toda a população, uma vez que o sedentarismo também é fator de risco para doenças crônicas. O Ministério da Saúde anunciou a implantação de 4 mil unidades nos próximos quatro anos.
A pesquisa serve para o Ministério da Saúde como referência na identificação de fatores de risco e promoção de políticas públicas contra doenças crônicas. Em abril, o Ministério da Saúde já havia divulgado uma parte dos dados da pesquisa Vigitel, referente aos hábitos da população.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Exercício físico altera área do cérebro que regula o apetite



Nova York, EUA. Algumas pessoas reagem aos exercícios físicos comendo mais. Outras, comendo menos. Por muitos anos, os cientistas acharam que mudanças hormonais, incentivadas pelos exercícios, ditavam se o apetite de uma pessoa iria aumentar ou diminuir depois de treinar. Mas agora a neurociência está indicando que há uma outra causa provável para essa variação.
 
Dois estudos recentes sugerem que exercícios físicos podem mudar seu desejo de comer alterando o modo como certas partes do cérebro reagem à visão de comida. Em um desses estudos, os cientistas levaram um grupo de 30 indivíduos jovens e ativos para sessões experimentais em que suas cabeças eram mantidas nos tubos de ressonância magnética.
 
Os pesquisadores queriam rastrear a atividade em porções do cérebro conhecidas como "sistema de recompensa por comida", que inclui a ínsula, o putâmen e o sulco de Rolando. Essas regiões controlam se gostamos de comida e a queremos naquele momento. De forma geral, quanto maior a atividade cerebral nessas regiões, maior é a vontade de comer.

Para descobrir como os exercícios alteram a rede de recompensa por comida, os pesquisadores colocaram os participantes para pedalar vigorosamente em bicicletas ergométricas ou para se sentarem tranquilamente por uma hora antes de serem colocados nos aparelhos de ressonância magnética. Na segunda sessão de testes, os voluntários trocavam a atividade realizada.

Imediatamente depois, os participantes assistiam a uma série de fotos. Algumas mostravam frutas e legumes ou grãos nutritivos, enquanto outras mostravam gordurosos hambúrgueres, sorvetes com calda e biscoitos. Algumas fotos que não eram de comida foram colocadas entre as outras. Nos voluntários que haviam descansado por uma hora, o sistema de recompensa por comida se acendia na ressonância, especialmente nos itens com muito açúcar ou gordura. Porém, se eles tivessem treinado na hora anterior, essas mesmas pessoas demonstravam muito menos interesse em comida, de acordo com os exames. Seu sistema de recompensa por comida permanecia sem atividade.

Porém, esses resultados podem não ser típicos. Os indivíduos estudados estavam na casa dos 20 anos, dentro do peso ideal e tinham condicionamento físico o suficiente para pedalar vigorosamente por uma hora. Mas essa não é a realidade da maioria das pessoas.

Como um outro estudo da atividade cerebral depois do exercício físico demonstrou, algumas pessoas acima do peso e sedentárias respondem ao exercício acelerando o funcionamento do sistema de recompensa por comida, em vez de freá-lo. Nesse estudo, publicado no ano passado no "Jornal da Obesidade", 34 pessoas acima do peso começaram um programa supervisionado de exercícios de cinco dias por semana, planejado para que cada participante queimasse cerca de 500 calorias por treino. Eles podiam comer à vontade.

Doze semanas depois, 20 indivíduos do grupo haviam perdido peso consideravelmente, cerca de 6 kg, em média. Mas 14 deles não, tendo reduzido somente 1 kg ou nem isso. Esses 14 que responderam pior ao programa de exercícios também haviam demonstrado maior atividade cerebral diante de estímulo visual de alimentos no início do programa.
 
Depois de três meses, eles ainda mantinham essa tendência indesejada. Sua rede de recompensa por comida se acendia fortemente depois do exercício quando viam comida e, na verdade, pareciam mostrar mais entusiasmo do que no início do estudo. Os que perderam mais peso, por outro lado, não demonstravam nenhum entusiasmo às fotos de comida depois dos exercícios.
 
O que tudo isso sugere, de acordo com o pesquisador da Universidade Politécnica da Califórnia, Todd Hagobian, é que o "exercício tem um efeito definido nas regiões de recompensa por comida". Mas esse efeito depende do perfil da pessoa e do tipo de exercício que ela faz. Ele notou que seus objetos de estudo jovens e em forma completaram duras sessões de resistência física.

"É provável que, para atingir a perda de peso e a manutenção do novo peso, seja necessário não só fazer uma quantidade razoável de exercícios, mas fazê-los com frequência", afirma. Em outras palavras, para que o exercício físico notadamente diminua seu desejo por comida, talvez seja necessário suar durante uma hora. E também pode ajudar o fato de o indivíduo já estar dentro do peso ideal e em forma.

Personalização

Pesquisa vislumbra uma atividade ideal para cada pessoa
 

Nova York, EUA. O pesquisador da Universidade da Califórnia Todd Hagobian está otimista que as pesquisas relacionando os exercícios físicos à vontade de comer possam ajudar praticamente todas as pessoas a utilizar melhor os exercícios físicos no controle do apetite.

"Pode haver doses ou tipos de exercícios que são mais efetivos para alguns tipos de pessoas do que para outras", ele comenta. Futuramente, as pesquisas cerebrais podem auxiliar a apontar qual tipo de programa de treinamento é mais adequado para cada tipo de pessoa.

Nesse meio tempo, Hagobian recomenda que as pessoas não se acomodem ou se rendam ao sofá, mesmo que a atividade física desperte o apetite. "Estar em forma pode ter efeitos psicológicos", lembra. Alguns desses efeitos podem ser a vontade de se alimentar melhor e, a longo prazo, diminuir alguns quilos.

Segundo o especialista, que conduziu alguns estudos neste sentido, quatro ou cinco anos atrás, realmente parecia que os hormônios do apetite controlavam o que comíamos. "Porém, estou cada vez mais convencido de que é o cérebro. Os hormônios não dizem a você para comer, mas seu cérebro diz. E, se conseguirmos acertar na dose, o exercício físico pode mudar essa mensagem".

Fonte: O tempo/ MG - traduzido de New York Times