DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

O tema central estabelecido pela FAO para orientar o Dia Mundial da Alimentação 2013 é “Sistemas alimentares sustentáveis para a Segurança Alimentar e Nutricional”,  no propósito de ajudar na compreensão de  problemas e soluções vivenciadas atualmente em termos da relação alimento – sustentabilidade.

Hoje em dia, apesar de todos os avanços alcançados pela humanidade, cerca de 870 milhões de pessoas sofrem de desnutrição crônica. Os modelos insustentáveis de desenvolvimento estão degradando o ambiente natural, ameaçando o ecossistema e a biodiiversidade que serão necessários para nosso abastecimento futuro de alimentos.

Um sistema alimentar está formado em torno de pessoas, instituições e processos mediante os quais os produtos agrícolas são produzidos, elaborados e levados aos consumidores.  Todos os aspectos do sistema alimentar infuem na disponibilidade e acessibilidade final de alimentos variados e nutritivos e, portanto, na capacidade dos consumidores de escolherem dietas saudáveis. Além disso, a políticas e as intervenções relacionadas com  os sistemas alimentares raramente se caracterizam tendo a nutrição como objetivo principal.

Para fazer frente à má nutrição são necessárias medidas integradas e intervenções complementares na agricultura e no sistema  alimentar, na ordenação dos recursos naturais, na saúde pública e na educação, assim como no âmbitos de políticas públicas mais amplas.

Como deve ser um sistema alimentar sustentável?  É possível chegar a um sistema alimentar saudável a partir da situação atual? O que deve mudar para avançarmos nessa direção?

"Açúcar é a droga mais perigosa do nosso tempo"

Para os apaixonados por doces, um alerta: “açúcar é a droga mais perigosa do nosso tempo”, de acordo com Paul van der Velpen, chefe do serviço de saúde de Amsterdã, na Holanda. Ele explica que o seu uso deve ser desencorajado porque é viciante e que os produtos açucarados deveriam vir com alertas de saúde, assim como os maços de cigarro. Os dados são do jornal Daily Mail.

Velpen afirmou que é "tão difícil de largar [o açúcar] quanto o cigarro". Segundo ele, quando as pessoas comem gorduras e proteínas, param quando se sentem satisfeitas, mas, no caso do açúcar, ingerem por mais tempo, até que o estômago comece a doer.

A solução, na opinião do especialista, é tributar o açúcar da mesma forma que o álcool e o cigarro. Também sugeriu que a quantidade de açúcar que pode ser adicionada aos alimentos processados deve ser regulamentada.

O açúcar é componente de muitos alimentos, mas há alguma diferença entre eles? Segundo a cientista Joy Dubost não interessa se é um pedaço de fruta, um copo de refrigerante ou um prato de massa: o açúcar é sempre o mesmo.

A razão é porque, independente de o­nde ele venha, é sempre feito de dois componentes moleculares: frutose e glicose.
De acordo com o site inglês Huffington Post, as taxas destes dois componentes são quase a mesma.

A maioria das frutas tem entre 40% e 50% de frutose (salvo algumas exceções, como a maçã e a pera, que têm 65%), enquanto o açúcar comum tem 50%. Por isso, nenhum tipo de açúcar é melhor ou pior. Mas a grande diferença é como o corpo processa estes componentes.

A frutose é quebrada no fígado e não provoca nenhuma resposta de insulina. Já a glicose começa a ser digerida no estômago e precisa de insulina para ser metabolizada completamente. Por isso, não se iluda que, por causa da mesma composição, este processo seja o mesmo nas frutas e nos doces.

Em primeiro lugar, as frutas oferecem, além de açúcar, vitaminas, antioxidantes e água, enquanto os doces não apresentam nenhum valor nutricional. Além disso, as frutas têm menos açúcar em volume: meio copo de morangos tem 3,5 gramas de açúcar e meio copo de sorvete de morango tem 15 gramas.

Além disso, as frutas têm muita fibra, o que retarda a digestão da glicose feita pelo corpo. Portanto, o organismo terá mais tempo para digerir este componente ao invés de logo armazená-lo, em forma de gordura, como acontece com os doces.
Mesmo frutas secas têm muitas fibras e nutrientes, mas, devido a composição extra de açúcar comum, não se pode abusar delas.

fonte: Terra/Daily Mail (07/10/2013)